Sem dúvida, a natação é quase unânime quanto às suas virtudes para as
gestantes. Mas nada como a experiência pessoal para comprovar esses benefícios.
Quando começamos a nadar, em 2003, a Andréia tinha pânico da água. Mas com muita paciência e conhecimento, nossa querida profa. Beatriz Burlamarque, do Grêmio Náutico Gaúcho, conseguiu que ela aprendesse a nadar os quatro estilos da natação! Já em 2007, a Andréia começou a treinar com o treinador
Marcelo Diniz da Costa, certamente um dos melhores treinadores do RS, que com sua experiência, soube elaborar treinos sempre equilibrados e progressivos, tanto de corrida quanto natação. Mas foi em 2009, com a descoberta da gravidez, que o Marcelinho se mostrou ainda mais experiente, calibrando os treinos com a intensidade correta, sem nunca deixá-la desmotivada!
Em agosto de 2009, como eu estava trabalhando em Brasília, a Andréia tirou uma licença-prêmio do trabalho e passou o mês lá. Para não perder o pique, continuou nadando, agora orientada pelo treinador
Marcel Huthmacher, grande triatleta e incentivador. Com treinos bem variados e divertidos, sempre motivou a Andréia a prosseguir nadando.
De volta a Porto Alegre, agora com seis meses de gestação, a futura mamãe retomou seus treinos com o Marcelinho. Nadando pelo menos 3 vezes por semana, ela mantinha o ritmo as braçadas, mas já afundando um pouco pelo peso da barriga.
A natação fazia bem a Andréia, ajudando a manter a força, equilibrando o peso,
aumentando a resistência e aliviando as tensões de carregar um barrigão. Contudo, para chegar ao clube ela ia a pé do Centro Administrativo (seu local de trabalho) até o Gaúcho, uma caminhada de quase 2 km. Isso as vezes a cansava, mas nunca a desanimou. Até que começou a ter dores e dilatações. Foi quando a obstetra a proibiu de dar caminhadas mais longas, sob o risco de antecipar a chegada na baixinha.
Os treinos eram de pelo menos 1000 m, distribuídos entre nado livre, costas, braço, perna e educativos. Mesmo nos finais de semana, lá estava o treino na planilha e com mais tempo para nadar, muitas vezes a barriguda nadava mais "duzentinhos" ou "trezentinhos", esbanjando disposição e boa forma. Sempre supervisionada pelo Marcelinho, que escolhia as raias mais seguras para ela nadar, a gestação prosseguia e a cada dia, pelo peso que aumentava, a nadadora afundava cada vez mais. Chegou ao ponto de braço quase não sair mais da água, mas mesmo assim, prosseguiu nadando.
Na piscina, com o barrigão exposto, era motivo de admiração e até espanto: como ela conseguia nadar com aquela barriga imensa? No vestiário, todas as nadadoras a cercavam com perguntas, empolgadas com a saúde e a possibilidade de ver alguém nadando com tamanha barriga.
Mas talvez o mais extraordinário seja que no dia 10 de janeiro, que foi um domingo, fomos para o clube, como de costume e a Andréia nadou seus 1200 ou 1300 m, se sentindo muito bem, sempre relatando a sensação gostosa que era nadar (sem saber que estava a dois dias de dar a luz)! Finalmente, no dia seguinte, na consulta com a obstetra, ela recomendou que suspendesse a natação, pois já estava com 4 cm de dilatação, o que poderia favorecer o surgimento de infecções. Mas ela não teve tempo de seguir a recomendação, pois na madrugada seguinte a bolsa romperia...
Assim, com a certeza que o esporte, bem orientado, ajudou tanto na qualidade da gestação da Andréia, quando no desenvolvimento sadio da Isabelle, gostaria de agradecer ao treinador Marcel e especialmente ao Marcelinho Diniz pelo brilhando trabalho feito. Sem dúvida, o trabalho de vocês definou o desenvolvimento saudável da Isabelle! Muito obrigado do fundo do coração!
Hoje, a Andréia não vê a hora de ser liberada para retomar suas práticas esportivas, especialmente a natação. Como mais uma vez vamos morar em Brasília, a idéia é reiniciar os treinos com o Marcel, um cara que adora crianças e já se prontificou a dar uma reparadinha na Isabelle enquanto os pais nadam! :-)
Até o próximo post e boas braçadas! :-)
