sábado, 30 de janeiro de 2010

O nascimento da Isabelle - Parte V: no hospital

No capítulo anterior de O nascimento da Isabelle - Parte IV: a maternidade, pude relatar como foram os primeiros cuidados que a equipe de enfermagem do hospital prestou a Isabelle, o sufoco da roupinha quente e finalmente o encontro dela com a mamãe Andréia.

Ainda na sala de recuperação, a zelosa mamãe fez a primeira tentativa de amamentar. As enfermeiras, pacientemente, nos ajudaram a colocá-la na posição correta, incentivando o aleitamento materno. Contudo, a bebezinha estava muito sonolenta e o colostro ainda estava querendo descer. Mesmo assim, como tudo foi aprendizado para ele (e para nós), eu estava encantado com a cena de supremo carinho que o dar de mamá pode ser. Foi nesse momento que reconheci a nossa natureza mais primitiva, mais profunda e mais humana. Certamente amamentar é o ápice da felicidade na simbiose entre um bebê e sua mamãe.


Com o passar do tempo, a Andréia se recuperava rapidamente. Sem dúvida,  sua maior queixa era a sede, pois desde a nossa saída de casa, ela não tinha mais tomado se quer água, que havia sido proibida, por risco de náuseas e afogamentos. Para amenizar um pouco a situação, as enfermeiras davam gelo para que ela tomasse. Com a sua rápida recuperação, por volta das 20 horas, a obstetra autorizou a transferência para o quarto. Na foto, ao fundo,  as duas sendo transferidas para o quarto 128.


Esse quarto não era muito bom, especialmente por alguns problemas com o ar condicionado. Assim, negociei para que fossem transferidas para o quarto 129, bem mais amplo, arejado, iluminado, no qual elas ficaram bem melhor acomodadas. Nele o ar condicionado funcionava muito bem, mas se quer era necessário, pois o quarto era refrescado pela brisa da manhã e alegrado pelo canto dos passarinhos. Ele até contava com uma poltrona para amamentação, confortável, mas um pouco profunda para amamentar. Nada que uma boa almofada não resolva! :-) Por falar em almofada, fica aqui um agradecimento especial para minha cunhada Lisi e sua mãe Teka por confeccionarem uma maravilhosa almofada para que as pessoas que nos visitaram assinassem. Repleta de bichinhos e personalizada com o nome da Isabelle, vez o maior sucesso! Valeu Lisi!


A primeira noite, a Isabelle dormiu o tempo todo, cansada de todas as emoções de suas primeiras horas e alimentada pelas reservas que todo o recém nascido bem nutrido tem. Mesmo assim, quase não dormi naquela noite, pois de 5 em 5 minutos levantava para ver se a bebê estava bem, respirando.  O medo de sufocamentos, refluxos e maus súbitos fantasmagoricamente  povoavam  meu sono. Descobri que isso é normal, segundo os pais mais experientes com quem conversei. Provavelmente seja a "síndrome do pai de primeira viagem"! :-) Devo ainda estar com essa síndrome, mas a intensidade já está bem menor.

Passamos três dias internados no hospital. É bem verdade que elas poderiam ter recebido alta no segundo dia, após a certeza da Isabelle não estar sofrendo de icterícia (amarelão), mas como a bebê estava aprendendo a mamar, a Andréia decidiu ficar mais um dia sob as orientações das enfermeiras. Uma das causas dessa dificuldade talvez fosse, além da inexperiência da baixinha, o fato do mamilo ser um pouco curto. Por isso, a pediatra prescreveu um protetor de mamilos, intermediário de silicone entre o mamilo e a criança, que aumentaria seu tamanho artificialmente, estimulando o palato e, consequentemente, auxiliando na amamentação. Mesmo com protetor e o auxílio das enfermeiras, a dificuldade persistia, mamando muito pouco.

Foi em uma conversa com uma das melhores enfermeiras do hospital que ela acabou comentando: "Essa marca de protetor não é boa! Compre o protetor de mamilo da Nuk que ela irá se adaptar melhor. Além disse, em casa, num ambiente mais relaxado, elas conseguirão!". Naturalmente a Andréia gostaria de amamentá-la diretamente no seio, sem intermediários, relutando em utilizá-lo. A verdade é que na noite de sexta, já em casa, vendo que ela não estava conseguindo mamar, comprei o protetor da Nuk e ela conseguiu! Esse protetor era mais fino, mais anatômico e vem com três furinhos, facilitado a sucção. Por isso, gostaria do fundo do coração de agradecer a Nuk por criar produtos de alta qualidade, que salvam vidas de crianças em todo o planeta! Hoje a Isabelle mama super bem, mesmo sem o protetor, ganhando peso rapidamente! Obrigado Nuk!




A Isabelle recebeu muitos, mas muitos presentes em chás de fralda e visitas de amigos. Mas todos, invariavelmente, com a melhor das intenções compraram roupas que ela irá usar muito, por serem grandes! Isso foi ótimo, mas nós, pais de primeira viagem, não compramos nada pequeno, tamanho recém nascido! :-) Qual o efeito disso: todas as roupas da pequenina eram tamanho elefante para ela, como mostra o vídeo a seguir:




Em muitos momentos no hospital ficamos em estado de contemplação: passávamos horas boquiabertos, ainda sem acreditar muito bem em tudo que estava acontecendo, admirando a criança linda, saudável e feliz que havíamos recebido. Por vários dias fiquei com aquele brilho, aquela sensação de Natal. Ao admirá-la, percebia em seu semblante a plena felicidade, uma felicidade da máxima pureza que só um recém nascido pode ter. Compreendi ali que o Nirvana realmente existe!



Compartilhando esses momentos, recebemos visitas de muitas pessoas especias: as amigas Nadja e Alba, colegas da Andréia na Secretaria do Planejamento;


nossos amigos da natação Sílvio e Anabele, que também estão grávidos :-) ;

 

da vovó Tê;
 
da vovó Sônia;
 

E das titias Solange, Bety e Angélica e dos titios Flávio e Duílio!
 
Também recebemos a visita do grande colorado Nilo Cantarelli, que gentilmente fez as primeiras fotos da maternidade e o primeiro filme da Isabelle, através do vidro do centro obstétrico. Pelo registro tão especial, nosso profundo agradecimento Catarelli, na certeza que a Isabelle será mais uma grande colorada! :-) 
 
Gostaríamos de agradecer por todas as visitas que recebemos, alegrando a recuperação e fazendo do hospital uma ambiente agradável e familiar.
Finalmente, na sexta-feira, dia 15 de janeiro, as duas receberam alta.  Devido ao problema no sistema de fechamento da conta no hospital, ficamos esperando até às 14 horas e quando tudo está resolvido partimos para casa, a inocente devidamente transportada no bebê conforto (seguindo todas as recomendações de segurança), graças a nossa amiga Alba, que nos deu o carrinho com o  acessório. Valeu Alba!
Aqui termina essa série de posts sobre o nascimento da Isabelle. Espero que tenham gostado e saibam que as aventuras dessa figurinha só estão começando! :-) Até o próximo post! :-)


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O nascimento da Isabelle - Parte IV: a maternidade

Em O nascimento da Isabelle - Parte III: o parto, lembramos como foram os momentos mágicos do nascimento da Isabelle, da preparação para a cesariana até sua ida a maternidade.

Com todo o cuidado (e um tanto apreensivo) carreguei a recém-nascida até o berçário, local onde os bebês ficam em bercinhos de acrílico transparente sob estufas, que mantêm o ambiente bem aquecido. Lá ela recebeu os primeiros cuidados das enfermeiras: teve as impressões digitais dos pés e do polegar coletadas e teve a circunferência da cabeça medida.



Sem dúvida, na barriga da mãe estava bem mais tranquilo - para o indiscutível bem dela, já nos primeiros momentos recebeu duas injeções, uma em cada coxa, com vitamina K e algumas vacinas. E eu estava lá para consolá-la! :-)


O próximo passo seria o primeiro banho. Esperamos a enfermeira dar banho no coleguinha de nascimento da Isabelle, o Guilherme, que havia nascido às 14:31. O pai do Guilherme era uma camarada bem legal e de forma inevitável compartilhamos esses momentos tão especiais. Quando o pai do Guilherme entregou as roupinhas que ele iria vestir, percebi que algo estava errado: o guri estava cheio de roupas de lã em pleno verão!

Quando chegou a vez da Isabelle, a enfermeira mostrou como deveria ser dado o banho, deixando claro que é possível lavar bem a cabecinha. Ela mostrou também como deveria ser limpo o coto umbilical. Então ela me pediu as roupinhas para vestir a bebê. Escolhi as que tínhamos separado e a enfermeira fez uma cara de desaprovação: "Essas roupas não servem. Ela precisa de roupas quentes. Enquanto não trouxerem roupas mais quentes, ele deverá ficar na estufa, não podendo ir para a sala de recuperação com a mãe. Providencie roupas mais quentes!"



Felizmente minha irmã Angélica e minha sogra Tê, que estavam na maternidade, foram rapidamente até em casa e trouxeram as roupas mais quentes que encontraram. Entreguei então todas as roupas para a enfermeira, que escolheiu uma roupa grandona que foi posta por sobre todas as outras! :-) Na foto, a vovó Tê e as tias Angélica e Solange.



Devidamente vestida e aquecida, pudemos ir para junto da mamãe Andréia, que estava na área de recuperação, no box 5. Finalmente, toda a família estava pela primeira vez reunida! :-)




Em vários momentos senti aquele aperto na garganta de emoção, mas decidi que não era hora de chorar... Tudo ao seu tempo...

Se está gostando, acompanhe o último capítulo da série O nascimento da Isabelle - Parte V: no hospital.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O nascimento da Isabelle - Parte III: o parto

No capítulo anterior,  em O nascimento da Isabelle - Parte II: o trabalho de parto, contamos como foi o acolhimento no Hospital Moinhos de Vento e todo o longo processo que foi o trabalho de parto.

Para registrar esses momentos, como acabou se mostrando impossível de ser feito por mim,  contratamos a filmagem do parto. Acredito que seja um investimento interessante, uma recordação para tudo que aconteceu.

Assim, depois de quase 10 horas de trabalho de parto e com a decisão da cesariana tomada, iniciaram-se os preparativos para a cirurgia. Como todo o procedimento cirúrgico, fomos aparamentados com roupas esterelizadas e a Andréia foi conduzida em uma maca para o centro cirúrgico.


A Andréia foi então anestesiada e logo em seguida começou uma reação de tremores. O interessante é que no procedimento a mãe permanece acordada, pois se fosse sedada, ambas iriam adormecer, o que não deve acontecer. Por isso, fiquei com a Andréia acordada, tentando tranquilizá-la. Na altura do peito, foi colocado um pano de mais ou menos cinquenta centímetros, que dividia a área da cirurgia do local que estavamos.

A verdade é que, com a experiência dos médicos em fazer cesarianas, foi tudo muito rápido. Como existia o pano entre nós, não era possível ver os detalhes da operação, mas quando a bebê estava nascendo, os médicos abaixaram o pano para que pudéssemos vê-la nascendo! E foi mágico vê-la surgir, primeiro a cabecinha e o peito; depois foi o restante do corpo: a Isabelle nasceu! Eram 14 horas e 26 minutos do dias 12 de janeiro de 2010.

Vi, mesmo de longe, que ela nasceu já com os olhos abertos e chorando um chorinho de gato. Os médicos rapidamente cortaram o cordão umbilical, enrolaram-na em uma manta e fizeram questão de mostrar: essa era sem dúvida a bebê que estava na barriga da Andréia.

Nesse momento foi nosso primeiro contato, nós dois muito emocionados e a Isabelle foi colocada juntinho da Andréia. Depois de alguns instantes mágicos de afeto, rapidamente a pediatra, que daqui para a frente seria a responsável pelos primeiros cuidados com a recém-nascida, me entregou (tarefa que não esperava ter que fazer e foi muito bom :-) ) a pequenina para que eu a transportasse até uma sala ao lado.

O primeiro procedimento feito foi a limpeza das vias aéreas, com um caninho de plástico que foi inserido pelas narinas até os pulmões, com o objetivo de retirar qualquer líquido que pudesse ter sido aspirado. Felizmente os pulmões estavam limpos e ela também não tinha nenhum indício de ter feito cocô na placenta. Como a obstetra disse que havia escutado um estalo durante o nascimento, existia a suspeita de fratura na clavícula. Felizmente, já nos primeiros momentos ela estava mexendo os bracinhos perfeitamente e após o exame da médica, foi possível descartar essa suspeita! :-)


Com os procedimentos mais urgentes realizados, ela foi examinada, medida e pesada. A Isabelle nasceu com 3,5 kg e 50,5 cm, bem grande e gordinha para uma menina. Além disse, ela recebeu nota 9 no primeiro minuto e 10 no quinto minuto do índice Apgar. Mesmo não sendo um índice muito importante hoje em dia, mostra que realmente ela nasceu super bem!


Em seguida, ela foi novamente enrolada na manta e me entregue para que fosse levada até a área da maternidade onde ela receberia vários outros cuidados... Mas essa história fica para o próximo capítulo: O nascimento da Isabelle - Parte IV: a maternidade.

O nascimento da Isabelle - Parte II: o trabalho de parto

Na primeira parte desta história - O nascimento da Isabelle - Parte I: rumo ao hospital - contamos como foram os momentos antes da ida ao hospital. Como havia nos orientado a obstetra, caso houvesse alguma aguinha corrento, deveríamos partir para o hospital. E foi o que fizemos.

Ao chegarmos ao Hospital Moinhos de Ventos, deixei a Andréia ser acolhida pelas enfermeiras que prontamente começaram os procedimentos para averiguar a situação. Enquanto isso, fui tratar da burocracia para o atendimento.

Já na sala de pré-parto, local onde as futuras mamães passam os momentos (as vezes longos) antes do nascimento, fomos atendidos por uma obstetra de plantão que confirmou nossas suspeitas - a bolsa havia rompido; era bolsa rota! Mas uma pequena ruptura, que acabou ocasionando um fluxo lento do líquido amniótico. Além disso, começaram a monitorar continuamente a frequência cardíaca do bebê, o número e a intensidade das contrações, que até aquele momento estavam bem leves e esparsas. Era por volta as quatro da manhã. :-) Mesmo com tudo tranquilo, pois a frequência cardíaca do bebê estava normal (entre 120 e 130 bpm), como procedimento padrão, ligaram para a obstetra da Andréia (pobre médica acordada tão cedo) para noticiar o rompimento da bolsa.

Começou então a longa espera pela dilatação e contrações, que aumentavam a frequência e intensidade a medida que o tempo passava. A obstetra chegou por volta das oito da manhã, assumindo o acompanhamento do trabalho de parto. Com experiência, tranquilidade e delicadeza examinou a Andréia, dizendo que a bebê esta encaixada, mas faltava descer mais. As contrações deveriam fazer esse trabalho e prevendo as dores que estariam por vir, a obstetra chamou o anestesista da sua equipe. O plano era ser parto normal.

Por volta das 10 horas, com as dores das contrações, cada vez mais intensas, produzindo dores quase insuportáveis, a médica decidiu solicitar a administração da analgesia peridural. Aplicado o anestésico, as dores tornaram-se suportáveis, mais o efeito colateral foi que as contrações diminuíram de intensidade. Foi então ministrado um medicamento para estimular as contrações. De tempos em tempos, a obstetra examinava a posição da bebê, além de medir a dilatação, que a esta altura já estava em torno de 8 cm.

Por volta do meio dia, como ela não mudava de posição, havia a suspeita que a bebê pudesse estar aderida a placenta. Assim, foi chamada uma médica para fazer uma ecografia obstétrica, constatando que não estava com esse problema. Agora, mesmo com 10 cm de dilatação, a bebê se mantinha na mesma posição. Nesse momento, a obstetra já começava a tentar nos consolar quanto a provável necessidade de cesariana.

Uma e meia da tarde. Depois de mais alguns exames, a médica constatou que, mesmo com a máxima dilatação, a bebê estava no mesmo lugar das oito da manhã. A melhor decisão técnica era a cesariana. Assim, depois de mais de 10 horas de trabalho de parto, nos rendemos ao fato que seria cesariana!

No próximo capítulo, conto como foi o parto em O nascimento da Isabelle - Parte III: o parto!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O nascimento da Isabelle - Parte I: rumo ao hospital

Agora já um pouco mais acostumados com a ideia de uma criaturinha tão pequenina morando com a gente, parei para escrever como foi o nascimento da Isabelle. :-)

No dia 10 de janeiro, que era domingo, mesmo com um super barrigão, fomos nadar no nosso clube, o Grêmio Náutico Gaúcho. A Andréia nadou uns 1000 m e ainda pegou um solzinho. Já no dia seguinte, à tarde, ela tinha mais uma consulta do pré-natal e a obstetra tinha comentado: "Estás com 4 cm de dilatação e por isso, suspenda a natação, para evitar o risco de infecções...". Além disso, nada dava indícios do nascimento.

Já na noite, percebi que a Andréia estava um tanto indisposta e fomos dormir por volta da meia noite. Mesmo assim, ela estava um pouco agitada e rolando de um lado para o outro. Por volta das 2 da madrugada, vi que ela tinha ido várias vezes ao banheiro, quando em uma dessas disse:

- Tem algo correndo e não parece xixi! Mas é bem pouquinho...

Ela voltou a deitar. Nesse momento, eu já estava rezando para que a bolsa não estivesse rompido. Logo em seguida, foi novamente ao banheiro:

- Agora está correndo mais... Será que rompeu a bolsa?
- É possível... Vamos para o hospital?
- Vamos esperar mais um pouco...

Então perguntei:
- Como a médica disse para proceder?
- Se estiver correndo, mesmo que fosse uma aguinha, era para ir ao hospital...
- Bom então, tome teu banho e vamos... Lá eles irão avaliar melhor...

Assim, a Andréia foi tomar um banho e começamos a arrumar a bolsa para a maternidade. Isso mesmo, como estávamos esperando a chegada dela somente para o outro final de semana, ainda não havíamos organizado a bolsa. Juntamos algumas roupinhas, fraldas e uma mantinha.

Apesar do possível stress, fizemos tudo calmamente e rumamos para o hospital.

Acompanhe o próximo capítulo em O nascimento da Isabelle - Parte II: o trabalho de parto

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma foto legal

Gostei dessa foto e não resisti... :-) Ser coruja é brabo!



Acho que essa guria vai dar trabalho...

Em busca da imortalidade... :-)

 A algum tempo atrás fiz uma mensagem anunciando nossa gravidez aos meus amigos do PDD90. Como a mensagem foi escrita com o carinho, acredito que seja legal deixá-la registrada aqui.
Querida Galera,

A muito tempo, li um livro muito interessante: As Aventuras de Tibicuera de Érico Verrísimo. É a história de um índio que tinha o poder de perpetuar suas lembraças, colocando em seu filho sempre o mesmo nome: Tibicuera. Ele participou de milhares de aventuras, passando por toda a História do Brasil. Essa história sempre me fez pensar que talvez os nossos descendentes sejam de fato a perpetuação, a imortalidade, o legado real da nossa existência.

Hoje, com muita alegria e expectiva, aguardamos nossa primogênita. Na verdade, não foi um segredo, mas sim um pouco de cautela, pois no ano passado tivemos um aborto espontâneo (e normal) que resultou em um certo receio de anunciarmos a boa nova.

Mas agora, já com seis meses, previsão de nascimento para o final de janeiro e duas ecografias mostrando que está saudável, podemos compartilhar com vocês, meus caros amigos, que nossas festas serão cada vez mais animadas e felizes com muitas crianças correndo por todos os lados. :-)

Para pais de primeira viagem, sempre ficam os turbilhões de emoções e ansiedades, mas penso que iremos nos sair bem. :-) Como acredito que a vida é feita de experiências, para mim ser pai é uma oportunidade especial de exercitarmos a abnegação, a doação e a liderança servil. Espero que ser pai seja ter autoridade sem ser autoritário; ser amigo sem ser permissivo; ser educador sem ser professor; é estar presente mais que estar junto; é amar incondicionalmente... Evidentemente ela será colorada (algumas questões são pétrias :-) ).

Ainda não decidimos o nome, mas logo logo iremos defini-lo. Provavelmente iremos agendar um chá de fraldas para nos encontrarmos e comemorar essa chegada (e claro arrecadar fraldas e outros trecos, porque não comprarmos absolutamente nada ainda) :-).

Assim, espero que essa criança seja a perpetuação de uma sociedade mais justa, ecológica e humana que acredito. Como Tibicuera, ela tenha em sua vida o legado que estamos criando ao longo de gerações e torne imortal o sonho de um mundo cada dia melhor!

Um beijo,
Fábio

Seja Bem-vinda Isabelle!!!

Queridos amigos,

Decidi fazer este blog para que possam acompanhar os passos da nossa filhinha Isabelle! A ideia é postar algumas experiências e dar notícias para as pessoas que moram fora de Porto Alegre, como meu irmão Fabiano e meus amigos de Brasília.



Vamos colocar muitas fotos e vídeos, além de relatar a evolução dessa figurinha!

Um abração,
Fábio e Andréia Petrillo