quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O nascimento da Isabelle - Parte II: o trabalho de parto

Na primeira parte desta história - O nascimento da Isabelle - Parte I: rumo ao hospital - contamos como foram os momentos antes da ida ao hospital. Como havia nos orientado a obstetra, caso houvesse alguma aguinha corrento, deveríamos partir para o hospital. E foi o que fizemos.

Ao chegarmos ao Hospital Moinhos de Ventos, deixei a Andréia ser acolhida pelas enfermeiras que prontamente começaram os procedimentos para averiguar a situação. Enquanto isso, fui tratar da burocracia para o atendimento.

Já na sala de pré-parto, local onde as futuras mamães passam os momentos (as vezes longos) antes do nascimento, fomos atendidos por uma obstetra de plantão que confirmou nossas suspeitas - a bolsa havia rompido; era bolsa rota! Mas uma pequena ruptura, que acabou ocasionando um fluxo lento do líquido amniótico. Além disso, começaram a monitorar continuamente a frequência cardíaca do bebê, o número e a intensidade das contrações, que até aquele momento estavam bem leves e esparsas. Era por volta as quatro da manhã. :-) Mesmo com tudo tranquilo, pois a frequência cardíaca do bebê estava normal (entre 120 e 130 bpm), como procedimento padrão, ligaram para a obstetra da Andréia (pobre médica acordada tão cedo) para noticiar o rompimento da bolsa.

Começou então a longa espera pela dilatação e contrações, que aumentavam a frequência e intensidade a medida que o tempo passava. A obstetra chegou por volta das oito da manhã, assumindo o acompanhamento do trabalho de parto. Com experiência, tranquilidade e delicadeza examinou a Andréia, dizendo que a bebê esta encaixada, mas faltava descer mais. As contrações deveriam fazer esse trabalho e prevendo as dores que estariam por vir, a obstetra chamou o anestesista da sua equipe. O plano era ser parto normal.

Por volta das 10 horas, com as dores das contrações, cada vez mais intensas, produzindo dores quase insuportáveis, a médica decidiu solicitar a administração da analgesia peridural. Aplicado o anestésico, as dores tornaram-se suportáveis, mais o efeito colateral foi que as contrações diminuíram de intensidade. Foi então ministrado um medicamento para estimular as contrações. De tempos em tempos, a obstetra examinava a posição da bebê, além de medir a dilatação, que a esta altura já estava em torno de 8 cm.

Por volta do meio dia, como ela não mudava de posição, havia a suspeita que a bebê pudesse estar aderida a placenta. Assim, foi chamada uma médica para fazer uma ecografia obstétrica, constatando que não estava com esse problema. Agora, mesmo com 10 cm de dilatação, a bebê se mantinha na mesma posição. Nesse momento, a obstetra já começava a tentar nos consolar quanto a provável necessidade de cesariana.

Uma e meia da tarde. Depois de mais alguns exames, a médica constatou que, mesmo com a máxima dilatação, a bebê estava no mesmo lugar das oito da manhã. A melhor decisão técnica era a cesariana. Assim, depois de mais de 10 horas de trabalho de parto, nos rendemos ao fato que seria cesariana!

No próximo capítulo, conto como foi o parto em O nascimento da Isabelle - Parte III: o parto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário